Grupo vai
destinar 75% das inversões na aquisição de empreendimentos e quer ser a melhor
do país conforme a qualificação do GPTW
Com o objetivo
de ser a melhor administradora de shopping centers no Brasil, a Tenco projeta
investir R$ 650 milhões até 2017, crescer 40% este ano, chegar a um resultado
anual de R$ 400 milhões e fazer o IPO em 2019. A estratégia da empresa está
baseada em uma tese de negócios que é atender a uma demanda reprimida por
grandes empreendimentos em cidades-pólo no interior do Brasil, seja por meio de
construção ou de aquisição de shoppings.
O grupo vai
fechar 2016 com 12 shoppings em operação, mas pretende comprar mais quatro
malls, negócios que podem ser concretizados ainda este ano. A aquisição de
shoppings faz parte de uma mudança de estratégia da Tenco que se adequou ao
atual cenário econômico. Até o ano passado, a empresa investia em construções de
shoppings e cuidava da operação desses.
“No final do
ano passado, percebemos que era preciso mudar a nossa estratégia em função da
economia brasileira. Decidimos focar em aquisições ao invés de construções. Isso
porque surgiram boas oportunidades no mercado de shoppings: empresas que não tem
expertise e decidiram sair da área. O que gastaríamos com a construção de quatro
empreendimentos, poderíamos comprar cinco dentro da nossa tese de continuar
atuando em cidades-pólo no interior do país”, explica o presidente da Tenco,
Eduardo Gribel.
Dentro do seu
planejamento estratégico, a Tenco quer abrir capital e iniciar a venda das ações
em 2018 ou 2019. De acordo com Gribel, o banco Bradesco vai liderar o processo.
Ele acrescenta que a Tenco continua tendo a Pátria Investimentos como única
empresa investidora dos seus negócios.
A Tenco
pretende ser em 2017 a melhor administradora de shopping centers do país dentro
da qualificação da Great Place to Work (GPTW) e conforme três indicadores:
share de mercado de varejo, venda de lojista e índice Ibope. A empresa
registrou um crescimento de 40% em 2015 e projeta chegar ao mesmo índice este
ano.
Diferenciais
Atuar em
cidades do interior do país, que não possuem a cultura do shopping center,
exigiu da Tenco a implantação de uma estrutura única entre as administradoras
desse mercado. “Quando chegamos a esses municípios, levamos não apenas uma nova
forma de varejo, mas o desenvolvimento para a comunidade. Tivemos que criar uma
‘fábrica de lojas’, que ajuda ao lojista local a se estruturar e ter sucesso em
seu negócio”, revela Eduardo Gribel.
A Tenco possui
uma equipe que oferece ao lojista o apoio de arquitetos para montar a loja,
facilita o acesso dele a linhas de financiamento em bancos, ajuda a contratar os
funcionários e o orienta a conduzir o seu negócio. De acordo com Gribel, em
várias cidades, a Tenco monta um galpão com todos os materiais de construção das
lojas, que muitas vezes não são vendidos naquela região.
Além de dar
todo o apoio para o sucesso dos lojistas, a Tenco criou a T8, que é uma empresa
de cogeração de energia. O objetivo é adquirir energia com um custo mais baixo
nas cidades onde o grupo tem shoppings. “A energia é um dos principais insumos
dos malls e essa estratégia permite que reduzamos as despesas e taxas de
administração”, acrescenta o presidente da Tenco.
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