segunda-feira, 12 de março de 2012

Denise Stoklos realiza apresentações no campus Santa Cruz

Nos dias 15, 16 e 17 de março, a atriz, diretora e dramaturga Denise Stoklos realiza apresentações no Campus Santa Cruz da Unicentro, em Guarapuava. As peças, que serão apresentadas no Auditório Francisco Contini, serão "Mary Stuart" (dia 15/03, às 15h), "Vozes Dissonantes" (16/03, às 20h) e "Calendários da Pedra" (17/03, às 20h).

As apresentações de Denise Stoklos terão entrada franca, sendo necessária apenas a retirada de ingressos na Diretoria de Cultura (Dirc) da Unicentro. A vinda da atriz à Guarapuava foi possibilitada graças ao contato do reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que solicitou pessoalmente à Denise Stoklos que realizasse apresentações em Guarapuava.

Mais informações na Dirc, pelo telefone (42) 3621-1016.

Vozes Dissonantes (1999) - O espetáculo aborda expressões de filósofos, estetas, políticos, poetas, de figuras como Padre Antônio Vieira se manifestando contra a escravatura, passando por análise do papel de Tiradentes, manifestações de José Bonifácio, ideias de Milton Santos e outros que nos inspiram com sua coragem autoral a criação de novos rumos para uma sociedade ainda tão jovem e plena de futuro. Espetáculo otimista porque acredita na ação e reflexivo porque vasculha nossas momentos libertários e as vozes que os promulgaram, sempre com vistas em proporcionar fortalecimento de atitudes responsáveis e de transformação.

Calendário da Pedra (2001) - A estrutura do texto é originária de um poema de Gertrude Stein chamado "Book of Anniversary" e mostra – por meio de um aparente diário anual – pensamentos, emoções e ações próprias relativas mais ao interior do personagem que ao tempo cronológico. Aparecem através do desenrolar do tempo questões não qualificadamente mais ou menos importantes, já que é uma homenagem ao ser, livre em sua gratuidade, mas com legitimidade. Contesta o sistema social em que vivemos, onde os valores dependem sempre de sua utilidade prática ou de rendimentos concretos.

Mary Stuart (1987) - Sozinha no palco, Denise é simultaneamente a rainha da Escócia, Mary Stuart – aprisionada e condenada à morte, e a própria prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra. Durante uma hora e quinze há muito humor, palavra e gesto, num espetáculo que não tem tempo cronológico, dimensão espacial ou geografia determinada. A encenação foge aos parâmetros convencionais do teatro. O cenário é o despojamento do palco. Paredes vazias, apenas uma cadeira em cena. Ali vemos Mary Stuart encerrada em uma masmorra. No instante seguinte, sem mudança de figurino, aparece a rainha Elizabeth I. Logo depois estamos na atualidade, quatrocentos anos após, em situação de poder, similar.


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