sábado, 28 de dezembro de 2013

PROJETO DE UM SANTUÁRIO DE ELEFANTES NO BRASIL VISA RESGATAR OS ANIMAIS DO CATIVEIRO E SOFRIMENTO

O Brasil será o primeiro país da América do Sul a ter um santuário de elefantes

Está no Brasil Scott Blais, CEO do Global Sanctuary for Elephants, uma organização internacional sem fins lucrativos que visa resgatar elefantes do cativeiro e montar para eles um habitat, onde poderão viver em convívio com a natureza da qual foram privados e raptados em sua infância.

Scott Blais ficará no Brasil até o dia 24 de dezembro e, juntamente com Junia Machado, que representa a ElephantVoices no Brasil, manterá contatos com autoridades, voluntários, imprensa e proprietários de terras, para abrigar – de início – 10 presumíveis elefantes que vivem em nosso país em precárias condições de alojamento e cativeiro.

“O Brasil será país pioneiro na formação de um santuário de elefantes, sendo o primeiro país na América do Sul a tomar esta iniciativa, e pretendemos trazer para cá elefantes de outros países que necessitam de cuidados e tratamento, em convívio com outros animais”, informa Junia.

Scott Blais tem grande experiência no trato com os elefantes e é cofundador do The Elephant Sanctuary in Tennesse, que dirigiu por mais de 16 anos. Vem ao Brasil em companhia de sua esposa Katherine Blais, que trabalhou na instituição durante seis anos.

Scott Blais trabalhou em conjunto com a Dra. Joyce Poole, cofundadora da ElephantVoices. Ela é uma das maiores autoridades do mundo nesta área, reconhecida por seus estudos sobre elefantes selvagens na África.  A Dra. Poole dará assistência e consultoria para a formação do Santuário de Elefantes no Brasil.

Junia Machado, brasileira ativista em programas de preservação animal, representa a ElephantVoices no Brasil desde janeiro de 2010 e é membro do conselho da Global Sanctuary for Elephants.  Ela explica que a ElephantVoices é uma renomada organização cientifica, reconhecida mundialmente como uma das pioneiras no estudo de elefantes selvagens na natureza e bem estar de elefantes em cativeiro. 

“Tenho muito orgulho em participar deste empreendimento e agradeço a colaboração de Scott, Katheryne e Joyce, que ajudarão os gestores brasileiros a serem bem sucedidos neste projeto, que já está bastante adiantado, inclusive com a localização de vários pontos dentro do Brasil, que serão analisados e visitados na estada de Scott em nosso país, principalmente porque seremos a base sul americana da administração do santuário”, exalta Junia.

No mundo todo existem mais de 5 mil elefantes cativos e santuários nos Estados Unidos, Cambodja e Tailândia. Scott Blais garante que o santuário não dependerá de fundos governamentais, e vive de apoio de empresas e pessoas que acreditam em nossos projetos e contribuem voluntariamente para sua construção.

Cinco países da América do Sul promulgaram leis proibindo a exibição de shows com elefantes e o Brasil está na lista para ser o sexto.  A construção do santuário resolverá a situação destes animais – que encontrarão um lar com todas as características de seu habitat.

Scott explica, “nos Estados Unidos entramos em contato com zoológicos e circos, fazendo-os compreender que a vida em cativeiro para elefantes reduz em média 50% seu tempo de vida, calculado em aproximadamente em 70 anos na natureza”.

Sua imobilidade provoca doenças nas patas por falta de movimentação e os acomete de terríveis moléstias físicas e psicológicas, comuns em elefantes que vivem em cativeiro, mas que não acontecem com os que vivem na natureza.

Muitos elefantes ficam tão afetados pelas condições de vida não condizentes com sua natureza, que acabam acometidos de extrema agressividade, passando pela automutilação.

“Temos um longo caminho pela frente e vamos precisar de muito apoio para fazer os nossos esforços dar frutos e graças a uma apreciação mais profunda para as complexas necessidades dos elefantes, o Brasil caminha para uma potencial e enorme mudança de direção a um futuro mais brilhante para os animais cativos”, afirma Scott Blais.  “Ao trabalharmos em conjunto, e usando o exemplo de elefantes resgatados, e voltando ao seu estado primitivo, estamos prontos para invocar uma mudança positiva em direção a um futuro de mais compaixão”.

Scott completa, “amanhã daremos inicio a esta jornada, viajando pelo Brasil, por vários estados, para visitar algumas propriedades que podem servir para nosso projeto, manter contatos com autoridades em Brasília, trocar idéias com ambientalistas e entidades ligadas à preservação animal”.

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